31 agosto 2008

recomeço

O amor nunca vem só
com o seu encantamento
a esperança de que dessa vez será para sempre é a primeira a chegar
as dúvidas acompanham os encontros iniciais
a posse surge nos primeiros meses
e as diferenças não tardam a aumentar

O amor nunca vai só
com o seu sofrimento
o choro é o primeiro a sair
as boas lembranças acompanham os passos da despedida
o arrependimento surge nas últimas conversas
e a dor da ausência não tarda a se alastrar

O perdão nunca vem só
com a sua certeza de que ficará tudo bem
a vontade de recuperar os momentos vividos é a primeira a chegar
a insegurança acompanha as novas juras de amor
o risco de vacilar desorienta os sentidos nos primeiros reencontros
as promessas de não mais errar surgem com a reconciliação
e o amor, permissivo, não tarda a se reaproximar do coração

3 comentários:

th. disse...

Sacanagem. Mais algumas estrofes, versando sobre o derradeiro fim e novos começos, e pronto!, desconstruida estaria toda a arte de amar. Cuidado, raquel. Não faça mais isso (entenda "faça disso sempre"). Assim tu revelas não só o final do filme, mas o enredo, as falhas, as boas é más atuações...

Muito bonito esse. Porque muito verdadeiro. E porque muito bonito. É de seus arquivos?

raquelholanda disse...

Este foi o último que escrevi. feito dia 28 de agosto e postado dia 31. depois de longo tempo sem escrever, saiu-me de uma vez. prontinho.

Tem algo do que conversamos aqui, não?!

raquelholanda disse...

o mês de setembro começou
o mês do desgosto já passou
então, comecemos.

Thiago Braga dixit