18 janeiro 2009

o último dos jangadeiros

4° Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual

20 a 25 janeiro 2009 São Paulo

Mostra Competitiva Site do Festival



Direção: Raquel Holanda, Camilla Andrade e Marcelo Andrade

Classificação: Documentário

Duração: 15 min 32 segundos

Formato: Digital

Suporte: Vídeo

Roteiro: Camilla Andrade

Direção de Fotografia: Marcelo Andrade

Direção de Arte: João Augusto Braga, David Moraes e José Valdevino Neto

Som direto: José Valdevino Neto

Montagem/Edição: Marcos Antônio

Trilha Sonora: “É café pequeno” de José Enygdio de Castro e Aluísio de Alencar Pinto

Still: Raquel Holanda e Priscila Gleivy

Design: Caio Castelo

Realização: Universidade de Fortaleza – UNIFOR

Festivais e Prêmios:
18º Cine Ceará Festival Ibero-Americano de Cinema Prêmio de Melhor Mostra Olhar do Ceará (júri popular) Abril 2008
FX – Festival de Vídeo Acadêmico 1ª edição Universidade Autónoma de Lisboa Menção Honrosa Dezembro 2007

Sinopse:
O documentário conta as memórias de um jangadeiro que desafiou condições sociais e políticas da década de 70 do século passado, no Ceará, e decidiu enfrentar o mar tendo uma única causa a ser defendida: a sobrevivência dos pescadores. O Sr. José Eremilson Severiano Silva, presidente da Colônia dos Pescadores na época, relembra a viagem que percorreu o Atlântico. Em uma pequena e precária embarcação (jangada), o pescador saiu do Mucuripe na cidade de Fortaleza e foi até Ilha Bela em São Paulo com a pretensão de reivindicar os direitos dos jangadeiros junto ao Presidente da República, na época o militar Emílio Garrastazu Médici. Uma viagem por mar que durou seis meses. O pescador retira do fundo do baú as melhores lembranças dessa aventura e conta também as dificuldades vividas. Uma história emocionante que retrata uma das principais conquistas dos jangadeiros cearenses: o direito à aposentadoria. A história de vida desse personagem transformou a atividade pesqueira no Estado do Ceará, e, consequentemente, colaborou para historiar fatos significantes para este Estado e para o Brasil.


10 janeiro 2009

possuída

Possuída pelo medo e por incontáveis dúvidas.
Indignações.
Se pudesse fugir de si para não ter que enfrentar as próprias indagações.
Quais as conseqüências quando os atos vão além da imaginação?
Como se o que acontecesse
fosse pintura
desenho borrado
que se tornara uma linda obra com chamativos traços
[vermelhos] de prazer.
Certo dia diferente
que escapa às regras e aos limites e dá espaço para a libertação do desejo de ter posse sobre outro corpo – assim ardente como o seu.
Procura as palavras e o momento contagiante.
Os descontrolados corações [unidos]
trocas de expressões [desfiguradas]
cujos olhares respondem às perguntas que fazem os gestos
o cheiro dos corpos aquecidos
o suor
arrepio frio
coração a bater forte e tremer as mãos
que não se importam se estão pecando
nesse (in)esperado instante
que é seu é meu é nosso
e toda aquela sensibilidade
guardada
escondida
ser deliciosamente tocada.